“Então foi aí que nasceu a ideia da iClinic. Temos um propósito muito claro, que é empoderar o médico, o profissional independente, com mais tecnologia para que ele possa prover uma saúde de mais qualidade para os seus pacientes”, Felipe Lourenço.
Criada em 2012, a startup iClinic trouxe soluções focadas especialmente nos médicos, sendo pioneira no mercado utilizando a tecnologia de armazenamento em nuvem. Em entrevista à AUSPIN, Felipe Lourenço, formado em Informática Médica pela USP Ribeirão Preto e CEO da iClinic, contou um pouco sobre a trajetória da empresa e o que o futuro guarda para eles.
O iClinic é um software médico SaaS (Software as Service), ou seja, Software como um serviço. Seu objetivo é trazer mais praticidade
Felipe Lourenço, CEO da iClinic (foto: arquivo pessoal)
para o dia-a-dia dos médicos no consultório, sendo uma ferramenta simples de utilizar, de acessar e que promete segurança nos dados.
“Nós efetivamente fomos a primeira solução SaaS, que são soluções 100% em nuvem, acessíveis de qualquer lugar, de qualquer dispositivo, e com uma experiência muito boa. Sempre pautamos o nosso desenvolvimento tentando entender as dores desse médico enquanto profissional” explica Felipe.
A startup é considerada líder de mercado e hoje conta com mais de 25 mil médicos espalhados por mais de 1300 cidades do Brasil que utilizam a plataforma.
Os serviços da iClinic
“O iClinic começou como uma solução de prontuário eletrônico, a ferramenta principal que o médico tem para na consulta registrar todo o histórico clínico do paciente” explica Felipe. Porém, com o passar dos anos a startup se desenvolveu e atualmente está oferecendo cinco soluções para os médicos.
Eles passam pelo marketing médico, a fim de ajudar o profissional a atrair mais clientes, um módulo para gestão da recepção, o prontuário eletrônico, que foi a primeira solução a ser oferecida, um módulo de gestão financeira e por último o mais recente que é uma plataforma para telemedicina.
“Hoje são esses cinco produtos que compõem a plataforma iClinic. A nossa visão é ser o One Stop Shop de tecnologia para o médico. Queremos que, com a nossa plataforma, o médico esteja bem servido e que nós ajudemos ele em todo o passo a passo na vida dele”, completa.
Além de tornar os processos para o médico mais ágeis e eficientes, o produto de telemedicina pode ser revolucionário e extremamente importante para a saúde no Brasil, Felipe explica que a proporção de médicos pelo território do país é desigual: “O primeiro ponto é a democratização do acesso à saúde. O Brasil é um país de dimensões continentais e há no país uma má distribuição dos médicos, cerca de 45% dos médicos do Brasil estão só no estado de São Paulo”.
A compra pela Afya
Recentemente a health tech foi vendida para a Afya Educacional, que é uma empresa focada no ensino de saúde medicina e que visa capacitar os profissionais para atingirem os melhores resultados.
“A Afya é o maior grupo de educação médica do Brasil. Essa visão que temos em conjunto é exatamente nos posicionarmos como parceiro do médico ao longo da carreira dele inteira e não simplesmente o formar e especializar, mas se posicionar como parceiro dele provendo tecnologias que o auxiliem ao longo da carreira” disse Felipe.
A parceria é muito promissora para os médicos, a missão da Afya e da iClinic é oferecer suporte para o médico e prover uma educação e um trabalho de qualidade, para que o médico seja “agente transformador” como Felipe define.
E o que o futuro reserva?
“Agora temos o desafio de integrar as operações, nos conhecermos ainda mais, num nível profundo e começar a entender e extrair energia a partir daí. Ver onde de fato podemos nos ajudar, como que nós enquanto tecnologia conseguimos ajudar o médico lá na formação dele” fala Felipe sobre os próximos passos da iClinic junto da Afya.
Sem dúvidas, a iClinic tem muito a somar para os médicos. Ser uma plataforma de apoio, oferecer soluções digitais que otimizem e facilitem o trabalho dentro de uma clínica é algo muito valioso que pode mudar a vida não só dos médicos mas de todos nós, afinal, como Felipe Lourenço diz: “todos nós somos pacientes”.
Por Mariana Arrudas
